Португальский шутя. 250 бразильских анекдотов
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– Teremos um inverno muito forte (зима будет очень суровой: «сильной»)! 'E bom ir pegando muita lenha (хорошо /бы/ пойти собрать много хвороста; lenha, f – дрова, хворост)!
Na semana seguinte, preocupado (на следующей неделе, обеспокоенный), foi escondido ao telefone p'ublico (/он/ пошел, прячась, к телефону-автомату), atr'as das montanhas (за горы), e ligou para o Servico Nacional de Meteorologia (и позвонил в национальную метеорологическую службу). Ouviu a resposta (услышал ответ):
– Sim, o inverno deste ano ser'a muito frio (да,
Sentindo-se mais seguro, dirigiu-se ao seu povo novamente (чувствуя себя более уверенно, пришел к своему народу снова):
– 'E melhor recolhermos mais lenha (лучше /бы/ собрать побольше хвороста)! Teremos um inverno rigoroso (у нас будет суровая зима)!
Dois dias depois, ligou novamente para o Servico de Meteorologia e ouviu a confirmac~ao (два дня спустя позвонил снова в метеорологическую службу и услышал подтверждение):
– Sim. Este ano o inverno ser'a rigoroso (да, в этом году зима будет суровой).
Voltou ao povo e disse (вернулся к народу и сказал):
– Teremos um inverno muito rigoroso (у нас будет очень суровая зима). Recolham todo e qualquer pedaco de lenha que encontrarem (собирайте все и /даже/ любой кусочек хвороста, который найдете).
Uma semana depois, ainda n~ao satisfeito, ligou outra vez (неделю спустя, все еще не удовлетворенный = не успокоившись, позвонил еще раз):
– Voc^es t^em certeza de que teremos um inverno t~ao rigoroso assim (вы уверены: «имеете уверенность», что зима будет такой уж суровой)?
– Sim. Este ano teremos o maior frio do s'eculo (да, в этом году будет самый большой холод столетия). Deve morrer muita gente de frio (должно умереть = должно быть, умрет много людей от холода).
– Como voc^es t^em tanta certeza assim (как = откуда у вас такая уверенность)?
– 'E que este ano os 'indios est~ao recolhendo lenha como nunca se viu (это потому что в этом году индейцы собирают хворост как никогда /раньше/: «никогда не видели»)!
No Sul do Brasil, com a aproximac~ao do inverno, ap'os a morte do velho cacique, os 'indios foram ao novo cacique perguntar:
– Chefe, o inverno este ano ser'a rigoroso ou ameno?
O novo cacique, vivendo tempos modernos, n~ao tinha aprendido com os seus ancestrais os segredos da meteorologia, mas n~ao podia demonstrar d'uvida. Por algum tempo olhou para o c'eu, estendeu as m~aos para sentir os ventos, em tom sereno e firme, disse:
– Teremos um inverno muito forte! 'E bom ir pegando muita lenha!
Na semana seguinte, preocupado, foi escondido ao telefone p'ublico, atr'as das montanhas, e ligou para o Servico Nacional de Meteorologia. Ouviu a resposta:
– Sim, o inverno deste ano ser'a muito frio!
Sentindo-se mais seguro, dirigiu-se ao seu povo novamente:
– 'E melhor recolhermos mais lenha! Teremos um inverno rigoroso!
Dois dias depois, ligou novamente para o Servico de Meteorologia e ouviu a confirmac~ao:
– Sim. Este ano o inverno ser'a rigoroso.
Voltou ao povo e disse:
– Teremos um inverno muito rigoroso. Recolham todo e qualquer pedaco de lenha que encontrarem.
Uma semana depois, ainda n~ao satisfeito, ligou outra vez:
– Voc^es t^em certeza de que teremos um inverno t~ao rigoroso assim?
– Sim. Este ano teremos o maior frio do s'eculo. Deve morrer muita gente de frio.
– Como voc^es t^em tanta certeza assim?
– 'E que este ano os 'indios est~ao recolhendo lenha como nunca se viu!
246. Em uma cidadezinha do interior havia uma figueira carregada dentro do cemit'erio (в
Dois amigos destemidos decidiram entrar l'a `a noite (два бесстрашных друга решили пойти туда ночью), quando n~ao havia vigil^ancia (когда не было наблюдения), e pegar todos os figos (и собрать все фиги). Eles pularam o muro (они перепрыгнули через ограждение), subiram a 'arvore com as sacolas penduradas no ombro (поднялись = залезли на дерево с сумками, повешенными на плечо) e comecaram a distribuir os figos (и начали делить фиги).
– Um para mim, um para voc^e (одна мне, одна тебе).
– Um para mim, um para voc^e.
– P^o, voc^e deixou cair dois do lado de fora do muro (блин, ты уронил две за ограду: «в сторону за ограду»; lado, m – бок, сторона; muro, m – /каменная/ стена)!
– N~ao faz mal (ничего страшного: «не делает плохо»), depois que a gente terminar aqui pega os outros (когда закончим здесь, заберем остальные).
– Ent~ao t'a bom (тогда хорошо). Mais um para mim, um para voc^e (еще одна мне, одна тебе)…
Um b^ebado (пьяница), passando do lado de fora do cemit'erio (проходящий по ту сторону кладбища), escutou esse neg'ocio de “um para mim e um para voc^e” (услышал эту штуку про «одна мне и одна тебе») e saiu correndo para a delegacia (и убежал в полицейский участок).
Chegando l'a, disse para o policial (прибежав туда, сказал полицейскому):
– Seu guarda, vem comigo (господин полицейский, пойдемте со мной)! Deus e o diabo est~ao no cemit'erio dividindo as almas dos mortos (Бог и дьявол на кладбище делят души умерших)!
– Ah, cala a boca, seu bebum (ай, закрой рот, пьяница; calar – умалчивать, обходить молчанием)!
– Juro que 'e verdade, vem comigo (клянусь, что это правда, пойдемте со мной)!
Os dois foram at'e o cemit'erio (двое пошли к кладбищу), chegaram perto do muro e comecaram a escutar (подошли близко к ограде и начали слушать)…